domingo, 1 de julho de 2012

Trajetória de Anna Maria Maiolino por Flávia Mota


   
Anna Maria Maiolino (1942)
"Trajetória", 1976.
  

POR FLÁVIA MOTA HERENIO

TRAJETÓRIA 1976



        Existêncial é meu questionamento

Vermelho sangue                                                         vida

Vida

Negro solidão

vida

Finita infinita – É o negro que serve de suporte para toda uma constelação/universalização

                                                        Celestiais obscuros do imaginário

                                               Seu final horizontalmente determinado por um fio FIM

O MÍNIMO PARA REPRESENTAR A TOTALIDADE DO INFINITO. RASTROS E ENIGMAS PARA DECIFRAÇÕES.

         ESCURIDÃO DO NASCIMENTO OU será MORTE? MORTE DE UM PERÍODO, UMA IDEIA, SURGE O NEO, NOVA APRESENTAÇÃO.

TRANSFIGURAÇÃO DE UM ELEMENTO AO OUTRO POR                                            UM FIO

O TEMPO PAUSA se  TRANSFIGURA NUMA ETERNIDADE SILÊNCIOSA, EFÊMERA  ETERNA

Uma pegada metafisica deslocação sentida, vivida...

configurando tempo

e espaço                                                                                        (intergaláctico)

o conceito é sintetico, explicito e bem relevante para a antifiguração

                                                                                                                                             neoconcretismo

novos divisores, residuos, composições minimais. Mínimo ao máximo        - trajetos - POR UM FIO

CORTE, COSTURA, OBJETIVAÇÃO

O LIMITE FíSICO É TRAÇADO, COSTURADO POR UM FIO

 NUMA SUBTA INDICAÇÃO DE PERCURSO, OU VONTADE DE EXPRESSÃO. Subjetividade pura

 interglaciário = Que se realiza  entre as galáxias

UM MUNDO A OUTRO.

EXPERIMENTAÇÃO

UMA POESIA MUDA ,

 COMPOSTA PELA UNIÃO DE CORES OCULTAS NO NEGRO

UMA UNIÃO GALAXIAL TRAÇADO POR TRÊS ELEMENTARES

POR UM FIO/num xxx – FIM

A INFIMA COSTURA QUE LIGA TODO UM SISTEMA cósmico

ávida trajetória

 abissais -  flâmula  vermelha na negridão da noite primário buraco

vermelho vulvo como uma noiva

num eterno                                          negrejar

 uma esperança em esconderijo do desespero da          concretude




concreta visagem exposta no poema grafado


                              
Flávia Mota Herenio - Figura ímpar, pois nascida em dia e mês ímpares de 1981. Flâner brasiliense, mas sem corruptidão honerária. Para sobreviver: trabalha um dia não e outro também. Semi formada e deformada pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Atleta de mão e sedentáriada a esmo. Leitora compulsiva: Rótulos de alimentos (calorias), bulas, entre outras letrinhas miudinhas. Libriana e balzaquiana ananamente equilibrada. Amante da culinária anti-bichomorto e degustadora de vegetais. Mãe e fillha, tudo junto numa assimetria de 1,59 m por 54 kg. No silêncio eu penso, tudo bem, pois quem cala consente!

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